Ansiedade: um sentimento que pode causar doenças.
Aflição, agonia, impaciência, inquietação. Ouvimos inúmeros casos de pessoas a nossa volta que relataram terem sentido estes sinais durante o período de quarentena nesta epidemia. Talvez nós mesmos tenhamos desenvolvidos estes sinais da ansiedade, um sentimento capaz de prejudicar a qualidade de vida e a autoestima.
Caracterizada pela excitação do sistema nervoso central, provocada pela liberação do neurotransmissor noradrenalina, gera a percepção do funcionamento acelerado do corpo e da mente, sendo um processo que pode ser tanto hereditário como adquirido e intimamente vinculado à forma como interpretamos as situações da vida.
Pode fazer o papel de gatilho ao desencadear outros transtornos, se não for controlada, causando o surgimento de enfermidades psicossomáticas, doenças que afetam a saúde física e mental. Gastrite, úlceras, colites, taquicardia, hipertensão, cefaleia e alergias são alguns exemplos de doenças causadas pela ansiedade. Ela também é responsável pelo surgimento de doenças psiconeurológicas e psicooncológicas.
Este transtorno merece atenção redobrada quando passa a prejudicar os relacionamentos conjugais, profissionais, acadêmicos e até mesmo sexuais, onde a pessoa não consegue mais realizar suas tarefas diárias sem sofrimento, momento este onde a ajuda especializada deve ser procurada para dar início a um tratamento.
Entretanto, a mudança de alguns hábitos em nossa vida pode minimizar e até dissipar os efeitos danosos da ansiedade em nossas vidas. Vale ressaltar que nenhuma dessas medidas substitui o tratamento e acompanhamento profissional. Listamos abaixo algumas:
Procure não deixar nada pendente: Procure terminar tarefas e assumir responsabilidades dentro do que se pode fazer diminuindo assim a ansiedade. Esboce um plano para resolver o que é urgente e organize-se.
Prepare-se para os desafios: Atitudes como estudar com antecedência para as provas e se preparar para uma reunião de negócios, são fundamentais para ter confiança diante dos desafios. Dessa forma, você vai se sentir seguro e menos ansioso.
Veja o lado bom das coisas: O impacto positivo da felicidade no sistema imune é mais poderoso do que o negativo e ajuda a minimizar a ansiedade. Por exemplo: se você planejava ir à praia no fim de semana, mas viu que o tempo não está bom, mude seus planos, faça outro programa que o agrade e ao invés de reclamar, procure transformar situações negativas em positivas.
Caminhe 30 minutos por dia, três vezes por semana: prática recomendada pela OMS, ajuda a diminuir o sedentarismo e a controlar a tensão emocional. O mesmo período de tempo pode ser empregado para qualquer outra atividade física como ioga ou corrida
Ouça música: a música relaxa os músculos, diminui a sensibilidade à dor e dilui emoções destrutivas. De acordo com estudos de musicoterapia, ouvir alguns estilos específicos, que contém frequências relaxantes em suas harmonias como as sonatas de Bach ou ouvir aquele “som” que traz boas recordações em nossas vidas, pode ajudar no combate a pensamentos negativos e a diminuir a ansiedade.
Evite ter pensamentos negativos: lembre-se: seu pensamento determina a forma como você enxerga a vida. Se pensar de maneira positiva, vai se sentir mais feliz e as chances de tudo dar certo podem ser maiores.
Tenha um bicho de estimação: Alguns estudos científicos indicam que as pessoas que cuidam de um animal tendem a baixar a pressão arterial por tranquilizar a mente e evitar pensamentos que trazem preocupação e ansiedade.
Alimente o seu humor: Carboidratos, em geral, costumam acalmar: macarrão, pães, biscoitos, arroz e batata. Frutos do mar, nozes, brócolis, espinafre, chocolate e pimentão dão energia. Já a cafeína ajuda a combater o cansaço, mas deixa o cérebro mais desperto, o que pode ser um perigo para pessoas muito ansiosas.
Faça refeições sem pressa: Escolha um momento em que você possa comer sem interrupções, procure sentir os sabores, a temperatura e a textura dos alimentos.
Medite: Pratique técnicas de meditação que ajudam na diminuição da ansiedade como a mindfullness ou atenção plena, prática que consiste em prestar atenção ao que acontece no momento, tanto na mente quanto no corpo e no ambiente, para ajudar pessoas a conviverem melhor com estresse, dores ou doenças.